Este blog pretende expor e recolher contributos para a construção de um livro com o mesmo título. Estão previstos capítulos sobre justiça, violência, espiritualidade e sociedade.
Às ciências sociais actuais faltam os melhores critérios de validação de informação. A introdução sistemática da teoria da evolução permitiria transformar a investigação social e estudar fenómenos sociais de simbiose, de colonização, de parasitismo, de imperialismo, como fenómenos associados a estados de espírito (modos de homeostasia, mais ou menos consciente) de cooperação, de supremacia, de exploração e de dominação.
Trata-se de fazer a luta por uma ciência centrífuga, a partir da crítica da ciência centrípeta.
Ao fim de 5 anos (2014-2019) aproxima-se o fim da validade da investigação que justificou este blog. Uma forma de concluir sintecticamente é responder perguntando o que se sabe sobre o que é a sociedade? E insistir, respondendo perguntando se é possível saber mais sobre o que é a sociedade?
Com a conclusão formulada nestas perguntas, e reformulada num livro com o título Que fazer?, no verão de 2019 foi tempo de partir para outro blog, que pode ser visitado: Libertação do império
Ver outras referências em WorldSSHNet, Trilogia de estados de espírito & Escola para além das ciências sociais
Será capaz de vir a ser uma ciência?
Ciências sociais, políticas públicas e política
Abrir a sociologia: violência como redução ao corpo ; evolução da violência
ESTADOS DE ESPÍRITO COMO OBJECTO DA SOCIOLOGIA – hexalogia
Sociologia da violência, sociologia da instabilidade e para que serve a sociologia? são os título de uma segunda trilogia complementar à dos estados de espírito: espírito de proibir, espírito de submissão e espírito marginal. Se a segunda é um chapéu, a primeira é o seu tripé (ver figura mais a diante).
Introdução – economia do essencial e do acessório versus harmonização de idiossincrasias
(…)
Há um desfasamento entre as heranças consensualizadas e documentalmente consagradas e as práticas dos estados e das sociedades. Os casos de Wikileaks, Assange, Manning ou Snowden – perseguidos criminalmente por revelaram segredos de estado indiciadores de organizações violadoras de direitos humanos com autorização para actuar em nome de poderes legalizados e legítimos – mostram como a primeira geração de direitos humanos está longe de estar assegurada na prática. (Na verdade, os EUA têm por política desde sempre não obstaculizar a produção de declarações sobre os direitos humanos na condição de elas não terem efeitos nem na sua ordem interna nem nos seus agentes no estrangeiro).
Yes, social sciences are about praising modernity; praising western empire. Avoiding discussions about capitalism and any other discussion about life, real lives and the ways out of war and poverty. It is about avoiding science and scientific practices on social subjects.
COMENTÁRIOS QUE DIZEM MUITO SOBRE O QUE É A TEORIA SOCIAL
I, Daniel Blake é um filme sobre um carpinteiro inglês que está temporariamente incapaz de trabalhar, em razão de um ataque de coração.
Os comentadores avaliaram, por exemplo, a margem de manobra dos funcionários, descritos no filme por uma funcionária má e uma funcionária boa. Ou denunciaram como é o neoliberalismo que transforma os serviços, ao privatizá-los.
Nenhum destes dois debates questionou o drama da mulher que, para defender a saúde mental do seu filho, foi obrigada a aceitar a ajuda da segurança social para ter acesso a uma habitação condigna e a prostituir-se para pagar as despesas que assim passou a assumir.
A UNIVERSIDADE 2.0: TRANSDISCIPLINARIDADE E ECODIVERSIDADE
Para mudar as ciências sociais é preciso compreender aquilo que elas são hoje e o que as prende nessa posição. Elas não estão numa posição singular: elas enquadram-se nas políticas científicas produzidas para tirar partido dos saberes para benefício das elites. Porém, há sempre espaços de manobra, estratégias de fuga. Um dia, uma delas cumprirá o seu designio, como aconteceu anteriormente.